domingo, 16 de março de 2014

O que a noite esconde

     Qual seria o real motivo pelo qual as pessoas saem para se divertir? Quero dizer, aquela ansiedade louca pelo fim de semana, por aquele show, aquele evento ou aquele feriado prolongado que tu podes “jogar tudo pro alto” e apenas se preocupar em se divertir me faz pensar muito sobre a vida que levamos.  No meu entendimento quando estamos satisfeitos com algo não temos, ao menos por hora, a necessidade pela mudança, seja em qualquer setor de nossas vidas. Mesmo que tenhamos nossas rotinas, mudar qualquer coisa, qualquer detalhe do nosso dia pareceria ser um erro.
     Acredito que a necessidade de socialização esta muito mais ligada à tentativa de fugir da solidão, driblar a depressão e conseguir uma forma de parar o tempo mesmo que somente em nossas próprias mentes. Algumas noites podem não dar muito certo, a galera pode estar meio pra baixo, a música do bar não estar muito animada, a cerveja descer meio amarga, afinal a perfeição não existe, mas lá no fundinho do seu coração tu sabes que se estivesses em casa e sozinho a sensação realmente seria pior. Não estou dizendo que algumas pessoas não gostem de ficar no conforto do seu lar, afinal eu mesma gosto muito de “hibernar” em meu quarto, constantemente na verdade, utilizando àquela hora (ou dias) em que consigo fazer minhas maratonas de seriados, filmes e leituras sem ser incomodada. Sem esquecer uma das coisas mais sensacionais que há neste mundo, quiçá em outros, que tu podes fazer por horas, sozinho ou acompanhado, no frio ou no verão (preferencialmente no inverno), vestido ou pelado que é nada mais e nada menos do que dormir! Concordas?
      Muitas vezes uma noite fora de casa podes te proporcionar uma grata surpresa, quem sabe tu conheças pessoas vindas de alguma outra dimensão até então desconhecida por ti, mas que naquele momento finalmente se encontra contigo para uma conversa impressionante sobre assuntos deveras relevantes e apreciados por aquelas duas almas. Ou reveja pessoas que foram levadas com o vento, não sobrando nenhum vestígio, nenhum contato, mas que ressurgem com todo seu brilho e companheirismo.  Quem sabe quantas coisas podem acontecer em uma noite? Isso pode depender apenas de ti, na tua disposição em arriscar, em ser mais propícia ao acaso e aceitar o que a vida lhe oferece.

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