Quantas vezes nos deparamos tentando ser sociáveis, simpáticos e
amigáveis? Pode nem ser nosso real desejo, talvez precisemos ser um pouco menos
antissocial naquele momento dada certa circunstância, de modo que nos
esforçamos ao máximo para que os outros não percebam o quanto incomodados
estamos. Mas pode ser que através da saída de nossa “área de conforto”
encontremos algo novo e surpreendente. Aquela pessoa que do nada vem lhe dar um
“oi”, pergunta-lhe como estas, como foi teu dia e acaba desenvolvendo uma
conversa por horas que se não fosse um simples rompimento daquele silêncio tu
não terias a oportunidade do diálogo. Quem sabe nunca terias trocado qualquer
palavra com aquela pessoa, apenas mantido um tipo de contato inexistente, muito
comum em redes sociais onde se tem milhares de “amigos”, porém tu és capaz de
contar nos dedos aqueles os quais realmente conversas.
Sempre me preocupei com isso, especialmente quando comecei a ter uma
rotina na internet e a conhecer muitas pessoas. Confesso que a maioria delas
não me instiga sequer ao mínimo interesse, mas algumas vezes algum aspecto
relevante entre trabalho e hobbies me faz mudar de idéia. Claro que não faço
questão de procurar pessoas que não conheço, a grande parte são antigos colegas
de colégio, trabalho ou parte da família. Acredito que a possibilidade de não
se perder contato com quem mora longe é o que mais me deixa feliz nisso tudo,
pois conheço algumas pessoas que são muito importantes pra mim, mas que
infelizmente moram longe. Amigos sinceros
que se mudaram, partes da família que voltaram para a cidade natal e até mesmo
pessoas que tive a sorte de conhecer em situações diversas. Fora isso não vejo
motivos de se manter alguém sabendo de alguns passos de teu dia a dia, das tuas
companhias e tudo mais que uma rede social se dispõe a deixar exposto.
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