sábado, 31 de janeiro de 2015

Inquietações - parte 9

     “Não me importo mais contigo” já virou um mantra diário. Nem sei como isso pode mudar, mas sabemos que tantas coisas mudam em tão pouco tempo que o melhor é não duvidar mais de nada, principalmente se referindo a pessoas. Tanta coisa que não faz o menor sentido, tanto tempo desperdiçado pensando em alguém que nem sequer faz questão de te cumprimentar na rua, que nem sabe um pouco mais sobre ti do que tu mesma expõe. Lamentável. Mas se culpar não é a melhor opção, essas porcarias sempre acontecem na vida de alguém com um grande coração e um baixo grau de orgulho próprio. Tentar mudar isso seria perfeito, hein! Aquela coisa de pensar mais em si, ser mais autoconfiante, independente e bla. Não significa ser uma filha da mãe hipócrita, egoísta e sem sentimentos, apenas colocar a si mesma como prioridade. Seja forte, não foi a primeira vez que tens que passar por toda essa merda e certamente não será a última. Esquecer a frequente ideia de que a vida é um ciclo vicioso e injusto ajudaria como “primeiro passo”. Se a vida esta uma droga absoluta adivinhe quem é a culpada? Se ainda estas a andar com as mesmas pessoas insuportáveis, chatas, falsas, desanimadas e putas a única culpada disso és tu mesma, querida. Aprenda a chutar a bunda daqueles que tu não queres mais ter por perto, afinal ninguém é obrigado a nada, nunca. Usar isso como base para ter boas companhias faz um bem enorme, acredite. Sabemos quanta gente há neste mundo, principalmente a grande leva de pessoas dispensáveis, seja por seu estilo de vida, suas opiniões (ou falta delas), suas escolhas, etc. Basta ser mais esperta, observar e decidir quais prestam pra ti e quais devem desaparecer. Assim, simples. Ser seletiva é algo que há anos vem fazendo o mundo evoluir, veja o exemplo de Darwin. Também não perca muito tempo refletindo sobre isso ou aquilo, sabemos quantas noites foram usadas justamente para esse tipo de assunto ser pensado, e estamos falando de anos! Chega disso, decida e vá em frente. Todos aqueles que precisam ir já tiveram sua chance contigo, com a vida, com eles mesmos; aqueles que permanecerem serão por suas incríveis qualidades e por seu verdadeiro valor. 

sábado, 24 de janeiro de 2015

Abra os olhos e o coração

Com o passar dos anos e das burradas que a gente faz acabamos nos retraindo cada vez mais, nos tornando vazios, com medo e sozinhos. Percebo isso acontecer comigo, de repente tu ainda tenhas sorte de fugir disso. O fato é que não consigo mudar certos hábitos os quais tenho há anos, nem convém enumerar alguns de tantos que são, mas tenho a decência de ser honesta comigo mesma confessando isso. É horrível saber que faço algo (neste casos muitas coisas) que na verdade não gostaria mais de fazer, caracterizando-se como um vício, um ciclo vicioso de atitudes, sentimentos e pensamentos infindáveis! Por mais que eu envelheça (sim, não sou tão mais jovem) e tenha o conhecimento daquilo que me faz mal, continuo fazendo. De repente sou masoquista neste aspecto, talvez tenha sérios problemas com mudança de comportamento, ou talvez apenas seja uma guria muito perdida nesta vida. Sinceramente, fico com a última opção e nem é por ser a mais romântica. Acredito que todo ser humano nasce com sua personalidade e com o passar dos anos, e de suas vivências, vá emoldurando-a, amadurecendo-a. Nada do que façamos durante toda a nossa vida irá modificar o que somos realmente, aquela coisa que estava lá o tempo todo, desde nosso nascimento. Não tem como fugir disso, tentar ser outra pessoa ou disfarçar. Simplesmente somos aquilo e ponto! Se estou escrevendo isso é porque aceitei o que sou, não que esteja feliz por ser eu. Na verdade é bem complexo falar sobre isso, acabo me enrolando nos pensamentos e no aonde quero chegar com tal teoria, mas vou tentar. Pense em alguém que durante grande parte de sua efervescência juvenil precisou passar por muitos caminhos até conseguir se “encaixar” em alguma coisa realmente concreta, mesmo não querendo e sabendo que não precisava se “encaixar” em algo. Aconteceu, foi legal, anos incríveis e tudo mais. Só que ninguém disse a essa pessoa que tudo aquilo iria ficar com ela, cada experiência, cada pessoa, cada raiva... tudo o que estava vivendo naquele tempo a deixaria marcas. Pois bem, essa pessoa sou eu. Pode-se dizer que sou uma nostalgia materializada! Sério, é complicado viver assim, tomada de lembranças, de saudades. Sentir mais que todo mundo as dores do mundo e toda essa coisa. Tenho aguentado bem, de toda forma não posso me queixar da vida. Faço aquilo que quero, me entrego apenas para as coisas e pessoas as quais realmente merecem meu amor, e recebo muito mais reciprocidade do que desprezo. Mas não sou hipócrita, sei o caos que estamos metidos, sei que muita gente ao meu redor esta sofrendo, precisando de mim. Eu tento, sabem? Se estou lá por algum motivo, ou até mesmo sem motivo algum é porque realmente me importo. Só que há coisas que poderiam ser mais simples, mais claras ao invés de me fazer tanto mal.

domingo, 18 de janeiro de 2015

Inquietações - parte 8

Queria poder saber como foi o teu dia, com quais pessoas falastes, o que te deixastes bravo, alegre... se pensastes em mim. Sentir em teu olhar todo aquele peso que carregas sozinho, que nunca contastes a ninguém; pelo que choras escondido quando a noite cai, quais lembranças te fazem querer fugir e o que te faz ficar. Servir-te como um ombro amigo, uma amante, um amor e tudo aquilo que tu sempre quiseste. Não apenas estar ao teu lado, mas ser parte de ti. Saber que já não estou mais sozinha no mundo, que alguém como tu sempre esperou alguém assim como eu, com todos esses defeitos, loucuras, incertezas e sonhos. Simples dessa forma e que me completa. Já estou tão perdida em meio a tantos olhares, palavras, momentos e pensamentos que não sei mais qual caminho seguir. Ao mesmo tempo em que meu coração grita para que eu arrisque mais essa vez também sinto que talvez seja apenas mais uma escolha errada. Afinal, quantas escolhas erradas uma pessoa pode fazer durante a vida? Há um limite, um manual ou alguma lógica para determinar isso? Penso que eu desistir disso é a forma mais fácil. Ora, se não deu em nada até agora é porque não vai acontecer mais nada além do que já aconteceu. Certo?

Não sei por que as relações humanas se tornam extremamente complicadas uma vez que os sentimentos podem ser incrivelmente simples. Gosta, não gosta, quer perto ou não quer, basta decidir. Parar um pouco, pensar e perceber se aquilo te faz bem ou não. É simples. Como já dizia o poeta: “É só o amor que conhece o que é verdade...”.