sábado, 29 de março de 2014

Eles

   Ela liga o notebook crente de que irá ser mais uma jornada incessante de produtividade, muitos textos para revisar, e-mail para responder, pessoas aguardando sua resposta para futuros projetos, eventos que talvez a interesse e alguns novos contatos desejando sua aceitação. Faz questão de colocar tudo em ordem antes de iniciar novos afazeres, então separa um bom tempo somente para que ninguém fique sem sua resposta, mesmo que for apenas uma mensagem carinhosa de um de seus amigos no chat. Feito isso, abre uma nova página do Word e deixa-se levar por aquilo que primeiro lhe vier à mente. Normalmente escrever textos já direcionados não funciona muito bem com ela, pensa que isso pode ser algum tipo de frequência entre sua veia inspiradora e suas convicções, mas não tem muita certeza.
   Diante da página vazia começam a serem inseridas as primeiras palavras, sentindo a confusão entre pensamentos, sentimentos e ideias vagas a envolverem tão profundamente que seus dedos mal conseguem acompanhar aquele passo frenético em que ela se encontra. Mas sem medo aquela linha torna-se um parágrafo, que logo se multiplicam e enchem páginas e páginas inteiras transbordando gotas de sua essência. Não reluta nem por um segundo em expressar todos aqueles pensamentos, ela sabe que precisa colocar tudo aquilo pra fora de sua cabeça, mesmo que sem ser específica, sem citar nomes, sem ser extremamente realista com os fatos. Não se trata apenas de sua vida, existem tantas outras vidas conectadas em cada fato que ela julga ser relevante, imaginem quantas vidas podem existir dentro de um único desejo!
    Pensamentos desconexos a deixam um pouco confusa, fecha os olhos fazendo uma certa pressão na tentativa de que consiga não ser desviada para outros tantos problemas e situações que invadem seu cérebro. Ela tenta, mas já percebe que sua atenção já foi perdida para ele novamente. Ele é o culpado por fazê-la se perder naquele instante, e em tantos outros naquelas últimas semanas. Como não seria? Depois de tantos anos se deparar com um carinho tão imenso que ainda vive, mesmo que silencioso, em dois corações que se julgam tão perdidos pelo tempo e feridos por tantas tentativas fracassadas. Aqueles olhares que sempre denunciaram a vontade incontrolável da presença um do outro, a saudade por cada toque que há tempos já não se encostavam mais, e aquela carência mútua pelas vozes um do outro. Sim, pelas vozes que conseguem acalmar o coração de ambos como nenhuma outra foi capaz mesmo depois de tantos anos.
   Ela abre sua página na rede social, desliza seu olhar para os contatos online e lá esta ele, quieto no seu canto, assim como sempre foi, talvez apenas buscando alguma forma de passar o tempo assim como ela, ou a estaria testando. Sim! Quanto tempo seria capaz de ignorá-lo ali, não começar uma conversa, não lhe enviar alguma indireta? Poderia esse tipo de comportamento ser aceito com tanta facilidade como ser tão incrivelmente paranóico, mas são coisas que passam na cabeça de qualquer mulher em tais situações, ou ao menos na cabeça dela.
    Tudo bem, ele está ali, seguro, mas parece que não se encontra com muita vontade de conversar agora. Ela dá uma boa olhada na foto dele, nos olhos... sorri com um canto da boca, fecha a foto, sai da página e volta para seu texto. Sente que seu coração se acalmou, relembra uma conversa qualquer entre os dois há poucos dias, sente aquela alegria tomar conta por alguns instantes. Decide então parar de pensar nisso, volta para seu último parágrafo, lê novamente e recomeça a escrever.


quarta-feira, 26 de março de 2014

Universo particular

Acordar de um sonho do qual tu não se sentes bem é um pesadelo ou continua sendo um sonho? Incrível como os fatos e pessoas do seu cotidiano podem influenciar tão diretamente em teus pensamentos, decidindo se tua noite de sono será tranquila ou agitada. Meu corpo já perdeu a batalha para a minha mente há tempos, mesmo um dependendo do outro para tudo estar em ordem por aqui, não consegui achar uma forma para essa relação dar certo. Ambos sofrem, ainda mais em uma madrugada dessas onde são 5h e acabo de acordar assustada. É uma sensação horrível...
Uma vez assisti a um dos filmes inspirados em uma das obras de Stephen King, não tenho certeza se era “O apanhador de sonhos”, mas havia uma cena onde a personagem, em uma tentativa desesperada de inibir as ações de uma criatura ruim, organizava alguns milhares de arquivos em sua própria mente. Haviam diversos, cheios de pastas e subpastas que deveriam ser reorganizados antes do ataque da “criatura maligna”. Desta forma a personagem corria com os arquivos dentro de sua mente, escondendo aqueles “itens” mais preciosos de sua memória em um compartimento secreto, onde ninguém nunca teria acesso com exceção dela própria.
Pois bem, quem me dera ter tamanha concentração e conseguir reorganizar todos os meus arquivos. Quantos pensamentos ainda me torturam mesmo depois de tanto tempo, quantas ações deixo de fazer por conta de meus medos guardados de experiências anteriores, quantas pessoas ainda me atormentam com suas lembranças mesmo não fazendo mais parte de minha vida, ao menos não diretamente. São situações das quais eu poderia dizer que seria cômico se não fosse trágico...
Talvez essa minha desorganização total de pensamentos estejam também causando parte de minha infelicidade com a vida, até esses dias comentei com uma amiga sobre exatamente isso. Antigamente não pensava tanto nas coisas, apenas pautava minhas ações conforme os desejos que eu sentia. A satisfação poderia ser apenas momentânea, mas era o instante mais profundo de toda a minha vida. Entendem o que quero dizer? Eu realmente vivia um dia após o outro como se fosse sempre o último. Era excitante, louco, insano! Os melhores e piores dias que ainda posso me lembrar com total clareza dos fatos.
Hoje me sinto tão velha, desempolgada com o restante do mundo e com suas tentativas frustradas de tentar me animar. Não sei bem se é o mundo mesmo ou se sou apenas eu o “x da questão”, mas isso tudo, esse sentimento ruim, esse vazio constante e uma cabeça confusa que não consegue parar de pensar ainda irão me enlouquecer por completo. O que na verdade não seria nada ruim.

sábado, 22 de março de 2014

Inquietações - parte 2

O vento pode bater gelado ou quente,
O sol queimar ou apenas esquentar;
Tu podes se trancar no quarto ou sair de casa,
Podes encontrar alguém conhecido na rua ou somente andar.
Talvez alguém do seu passado ressurja ou nunca mais tu ouvirás falar,
Uma conversa pode durar horas ou em instantes acabar,
Com uma única palavra teu coração pode gritar ou apenas continuar a bater,
Quem sabe aquela pessoa resolva ser sincera ou apenas tentar te enganar novamente.
Depois da madrugada, fechar os olhos pode ser a morte ou um novo começo,
De repente o sonho pode ser bom ou ruim,
Há uma chance de ser verdade ou tu somente irás abstrair.
O dia amanhece e tu podes esquecer ou não esquecer,
Pensar ou não pensar,
Tentar ou não tentar,
Enganar a si mesma ou não,
Decidir continuar a viver ou não;

Escolha, faça sua melhor escolha e não se arrependa de nunca ter tentado.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Envelheço na cidade

     Lembro-me em minha adolescência de ouvir os outros, geralmente mais velhos que eu, dizendo que as atitudes e pensamentos se tornariam reais, assim como haveria um “julgamento” da vida a respeito de sua conduta. Se fosses bom com os outros, não sacaneasse nem nada do tipo certamente tua vida seria boa também, mas não bastava fazer o bem pensando na recompensa. Achava aquilo relevante, conhecia tanta gente aquele tempo que era “gente boa” e nunca fiquei sabendo de que algo ruim havia passado com elas.
     Agora que já sou adulta (ao menos é o que as estatísticas/teorias sobre idade mostram) entendo bem essa conversa toda. Passei por momentos inacreditáveis na vida de uma pessoa, horas que a única vontade é de “fugir para as colinas” e nunca mais voltar. Pessoas boas não deixam de se ferrar, de sentir tristeza e de chorar, na verdade é bem o contrário. Como o restante da população idiota no mundo não valoriza os sentimentos humanos sempre acaba sobrando para nós, como se fosse um fardo infindável da vida. Na verdade com o passar dos anos tu percebes que a única pessoa que saberá lidar com serás tu mesma, decidindo entre sofrer com isso ou tirar proveito e viver tranquilamente. Mas lembre-se, não é fácil.
     O que sempre esperei lá no fundo sendo a pessoa que sou era estar rodeada de pessoas semelhantes a mim, verdadeiras, alegres, positivas... somente isso. Talvez eu andasse tão preocupada com quem eu convivia, conhecia e me relacionava que perdi a noção do tempo. De repente eu já havia conseguido o que eu tanto almejava, bastou olhar pro lado e ali estavam eles. Amigos, irmãos, primos, pessoas tão queridas em meu coração que finalmente me fizeram entender o quanto estamos conectados nesta vida e que eu já não preciso ter medo. Foi realmente uma sensação maravilhosa, a única coisa que eu quis naquela hora foi me divertir com todo mundo e ver todos alegres assim como eu estava.

    Minha relação com aniversários sempre foi complicada demais pra ser entendida e muito pouco guardada em minha lembrança pra se ter orgulho. Na maioria das vezes me encontrava sozinha, tendo um dia como qualquer outro, sentindo aquele vazio querendo gritar... mas tudo bem, logo o dia acabaria e tudo passaria. Não é? Aqui entra a importância de se ter pessoas as quais realmente se importam contigo. Pela primeira vez fui surpreendida em “meu dia”, balões, chapeuzinhos, vela, bolo, tudo! Tudo pra mim! Inacreditável! Isso tudo idealizado pela pessoa a qual sinto um enorme carinho, coisa de irmã mesmo, que me conhece tão bem que na maioria das vezes não consigo ver minha vida sem ela. Minha querida, que me mostra todos os dias o valor que eu tenho pra ela e pra todos os meus amigos, me dando a certeza de que estou no caminho certo nesta vida. Foi uma noite linda, jamais irei esquecer esse gesto e todos que estavam envolvidos para a minha felicidade naquela noite. Só posso terminar esse texto dando a certeza de que ser uma pessoa boa não é perda de tempo, muito pelo contrário, se ganha muito mais coisas boas as quais sempre podemos passar a diante.

domingo, 16 de março de 2014

O que a noite esconde

     Qual seria o real motivo pelo qual as pessoas saem para se divertir? Quero dizer, aquela ansiedade louca pelo fim de semana, por aquele show, aquele evento ou aquele feriado prolongado que tu podes “jogar tudo pro alto” e apenas se preocupar em se divertir me faz pensar muito sobre a vida que levamos.  No meu entendimento quando estamos satisfeitos com algo não temos, ao menos por hora, a necessidade pela mudança, seja em qualquer setor de nossas vidas. Mesmo que tenhamos nossas rotinas, mudar qualquer coisa, qualquer detalhe do nosso dia pareceria ser um erro.
     Acredito que a necessidade de socialização esta muito mais ligada à tentativa de fugir da solidão, driblar a depressão e conseguir uma forma de parar o tempo mesmo que somente em nossas próprias mentes. Algumas noites podem não dar muito certo, a galera pode estar meio pra baixo, a música do bar não estar muito animada, a cerveja descer meio amarga, afinal a perfeição não existe, mas lá no fundinho do seu coração tu sabes que se estivesses em casa e sozinho a sensação realmente seria pior. Não estou dizendo que algumas pessoas não gostem de ficar no conforto do seu lar, afinal eu mesma gosto muito de “hibernar” em meu quarto, constantemente na verdade, utilizando àquela hora (ou dias) em que consigo fazer minhas maratonas de seriados, filmes e leituras sem ser incomodada. Sem esquecer uma das coisas mais sensacionais que há neste mundo, quiçá em outros, que tu podes fazer por horas, sozinho ou acompanhado, no frio ou no verão (preferencialmente no inverno), vestido ou pelado que é nada mais e nada menos do que dormir! Concordas?
      Muitas vezes uma noite fora de casa podes te proporcionar uma grata surpresa, quem sabe tu conheças pessoas vindas de alguma outra dimensão até então desconhecida por ti, mas que naquele momento finalmente se encontra contigo para uma conversa impressionante sobre assuntos deveras relevantes e apreciados por aquelas duas almas. Ou reveja pessoas que foram levadas com o vento, não sobrando nenhum vestígio, nenhum contato, mas que ressurgem com todo seu brilho e companheirismo.  Quem sabe quantas coisas podem acontecer em uma noite? Isso pode depender apenas de ti, na tua disposição em arriscar, em ser mais propícia ao acaso e aceitar o que a vida lhe oferece.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Revendo conceitos

Certa vez durante uma conversa entre amigos levantei a questão de minha capacidade pessoal. Logo explico. Estávamos conversando sobre uma colega que mesmo perante muitas dificuldades (ou ao menos assim deseja que pensemos) conseguiu dar um enorme passo para sua formação, trilhando um caminho que eu pessoalmente acho incrível. Questionei como sempre que essas coisas, a meu ver, eram tão mais complicadas para mim, desde muito cedo e em todos os aspectos da vida. Sempre precisei me esforçar mais, pensar no que realmente queria, focar e lá bem mais adiante conseguia finalmente atingir minha meta. Demorava, mas sempre conseguia. O fato é que para algumas pessoas isso nem sempre funciona desta forma, os caminhos parecem tão mais “limpos” e sem pedras no meio dele que fico impressionada com minha “sorte”. Deixo bem claro que estou sendo irônica, ok?
Não sou ingrata com tudo o que conquistei até aqui, pelo contrário, sempre agradeço e medito continuamente para que eu tenha força para jamais desistir, já que a vida esta apenas no começo e sinto que muito mais esta por vir. O que me faz ficar um pouco chateada é em relação às oportunidades, quero dizer, quantas pessoas possuem chances tão maravilhosas bem ao alcance das mãos e não dão o devido valor? Simplesmente fazem algo por ser tão facilmente oferecido ou por pensarem que ter tal “status” lhe ajudarão de alguma fora a se destacarem dentro de um determinado grupo. Como podem ser iludidas desta forma? Talvez não seja nem ingenuidade da parte delas, pode ser pura maldade, mas é algo que deveria ser pensado olhando para as pessoas que sinceramente desejam aquela oportunidade.

Nessas horas de indagações sobre o que somos e nosso valor neste mundo ter a presença de amigos é fundamental. Logo após fazer o questionamento o assunto invadiu aquela simpática sala onde se encontravam pessoas um pouco ébrias e um pouco sóbrias, momento perfeito para começar um diálogo fervoroso. Mal pude acreditar que meu ponto de vista fosse bater tanto com os de meus amigos, me senti feliz na hora que pude perceber isso. Com o decorrer do assunto uma de minhas chegadas disse a frase que seria entoada por mim como um mantra nas próximas horas, dias, semanas e que ainda guardo comigo: “Tu és capaz e tão merecedora quanto ela.” Quem sabe não tenha sido exatamente essas palavras, relevando a boemia da noite, mas o sentido bate perfeitamente. Que choque de realidade! Que coisa maravilhosa! Quantas vezes alguém te tira do mundo das ideias com um puxão brusco e te acorda para o mundo real? Comigo é difícil considerando que é raro alguém conseguir me desconectar de meus pensamentos, mas naquela hora, naquele lugar, sentindo aquela vibração e ouvindo as palavras daquela pessoa diretamente para mim... meus olhos lacrimejaram. A questão não é o que acontece com os outros, os objetivos comuns e quem ganha ou perde, somos todos capazes de fazer qualquer coisa em qualquer circunstância. O que realmente conta é o esforço pessoal quase sempre motivado pelos projetos a curto ou longo prazo, cada um de nós devemos estipular isso e seguir em frente. Já dizia o poeta “o tempo não para”, quem sou eu pra ficar presa em conceitos ultrapassados e pensamentos negativos de mim mesma?! Acreditar, ter fé e agradecer são coisas que precisamos fazer todos os dias, nos torna pessoas melhores conosco e com os outros. 

domingo, 9 de março de 2014

Amigos?

Quantas vezes nos deparamos tentando ser sociáveis, simpáticos e amigáveis? Pode nem ser nosso real desejo, talvez precisemos ser um pouco menos antissocial naquele momento dada certa circunstância, de modo que nos esforçamos ao máximo para que os outros não percebam o quanto incomodados estamos. Mas pode ser que através da saída de nossa “área de conforto” encontremos algo novo e surpreendente. Aquela pessoa que do nada vem lhe dar um “oi”, pergunta-lhe como estas, como foi teu dia e acaba desenvolvendo uma conversa por horas que se não fosse um simples rompimento daquele silêncio tu não terias a oportunidade do diálogo. Quem sabe nunca terias trocado qualquer palavra com aquela pessoa, apenas mantido um tipo de contato inexistente, muito comum em redes sociais onde se tem milhares de “amigos”, porém tu és capaz de contar nos dedos aqueles os quais realmente conversas.

Sempre me preocupei com isso, especialmente quando comecei a ter uma rotina na internet e a conhecer muitas pessoas. Confesso que a maioria delas não me instiga sequer ao mínimo interesse, mas algumas vezes algum aspecto relevante entre trabalho e hobbies me faz mudar de idéia. Claro que não faço questão de procurar pessoas que não conheço, a grande parte são antigos colegas de colégio, trabalho ou parte da família. Acredito que a possibilidade de não se perder contato com quem mora longe é o que mais me deixa feliz nisso tudo, pois conheço algumas pessoas que são muito importantes pra mim, mas que infelizmente moram longe.  Amigos sinceros que se mudaram, partes da família que voltaram para a cidade natal e até mesmo pessoas que tive a sorte de conhecer em situações diversas. Fora isso não vejo motivos de se manter alguém sabendo de alguns passos de teu dia a dia, das tuas companhias e tudo mais que uma rede social se dispõe a deixar exposto. 

quinta-feira, 6 de março de 2014

Não me importo

Muitas vezes acabo camuflando algumas coisas que gosto de fazer, como por exemplo meu vício de ver filmes. Sei lá, algumas pessoas ficam de “saco cheio” de tantos filmes que sou capaz de indicar, criticar, lembrar ou até mesmo fazer citações das falas. Não faço por mal, apenas aprecio poder compartilhar minhas impressões e bagagem cinematográfica.
Claro que seria muito egoísmo dizer que não conheço pessoas que fazem o mesmo, que converso com elas sobre isso ou que ninguém é capaz de entender minhas críticas. Não é esse o ponto onde quero chegar, calma. Hoje com toda essa tecnologia e meios de comunicação à disposição para qualquer pessoa se inteirar é uma ferramenta a mais para contribuir com o acesso a todo o tipo de informação. Vídeos postados com todo o tipo de assunto, livros, blogs, músicas, filmes... bá! Muita coisa acontecendo ao mesmo tempo e sobre a vida de quase todo mundo.
O que me deixa meio incomodada (talvez não seja essa a palavra correta) são essas pessoas, que honestamente eu não sei da onde saem, possuindo o prazer em dar rótulos. Sim! E o que mais me incomoda é que não estão rotulando a própria vida, as próprias ações, mas sim a vida alheia e as outras pessoas. Poxa, não há necessidade disso, além do que as pessoas normais (a meu ver) não se importam muito com o que os outros pensam delas, e quando querem a opinião de alguém fazem uma simples pergunta. Mas por mais que elas não liguem existe uma coisa que acaba ferrando com tudo: pensar. Não dando importância para a opinião alheia, mas tentando entender o motivo daquela pessoa ter falado tal coisa. É bem complicado tentar saber isso, ainda mais que as palavras não saíram da tua boca, e a teoria não foi pensada na tua cabeça... chega a ser torturante. Então, por favor, sejamos todos espertos e não façamos isso, porque não é legal.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Pedaços de felicidade

Às vezes fazemos questão de esquecermos do que nos faz bem, das pessoas as quais realmente desejamos perto, dos lugares onde nos sentimos à vontade e até mesmo de pequenos momentos que perdemos. Sabe, aquele instante surpreendente que fica na nossa mente pela vida inteira e que poderia não ter acontecido se não fosse uma simples atitude como sair de casa. Temos um mundo inteiro todos os dias, todos os instantes ao nosso dispor e muitas vezes o que escolhemos fazer é ficar na cama. Claro que isso é muito bom também, descansar, dormir, pensar... mas não podemos nos restringir a isso, e deixar um hábito de lado é muito mais difícil do que fazer escolhas diferentes desde o começo. Normalmente me sinto um pouco estranha quando decido por algo novo, falar ao invés de me calar, pular ao invés de ficar sentada, dizer sim no lugar do não, escolhas que temos todo o tempo em todos os lugares possíveis e que podemos simplesmente mudar. Posso até me sentir um pouco insegura, mas faço. Claro que na maioria das coisas penso antes, dependendo do que esta em questão penso mais, ou menos, mas penso e não deixo de arriscar.
Talvez seja isso que tanto falta pra mim, ou pra ti. Essa busca incessante pela felicidade é uma ilusão, acredito muitos mais em instantes agradáveis, com pessoas queridas e oportunidades favoráveis do que esse “sonho”. Podemos estar imensamente felizes em um bar, com a presença de amigos, ouvindo uma boa música e esquecendo (na verdade até fazendo questão de esquecer) o tempo, o dia, e somente estando naquele lugar.  Sempre acontece isso comigo, sou rodeada de pessoas maravilhosas o tempo todo das quais posso confiar inteiramente. É lindo! Essa felicidade que sinto em pensar nelas enquanto escrevo foi possível porque eu escolhi isso, identifiquei pessoas que se importavam com as mesmas coisas que eu relevo, possuem ideais compatíveis, se emocionam com singelas atitudes e dão valor ao que realmente a vida esta proporcionando. Sei que no mundo nem todas as pessoas são assim, fico triste com essa realidade, procuro não pensar porque parece não existir uma resposta para aqueles que, por exemplo, prejudicam o próximo. Então sigo na minha, e me rodeio apenas daqueles que posso dar valor.
Sei que grande parte desses meus amigos seletos irá ler esse texto, não citarei nomes porque creio que não seja necessário, eles sabem. Pois então eu agradeço imensamente cada momento, cada sorriso, choro, ligação, sms, olhar, absolutamente tudo que cada uma dessas pessoas iluminadas me proporciona todos os dias. Amo vocês.