quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Inquietações - parte 1

Algumas pessoas não sabem que certas palavras possuem mais de um significado, muito se aprende sobre isso no processo de aprendizagem de uma nova língua. Pode parecer um pouco confuso no começo, nos fazer incapazes de transferir nosso pensamento para letras em um papel contendo exatamente o sentido inicial... mas com tempo e prática qualquer pessoa acaba conseguindo. Ah, claro que sem persistência incluída fica bem complicado se atingir o objetivo. A questão é que não são apenas palavras, são ideias, sentimentos, planos e mais uma imensidão de pensamentos inseguros que estão contidos em tais palavras. Ninguém escreve por simplesmente escrever, da mesma forma que falamos e expomos nossas opiniões por alguma razão, seja ela definida ou não.
Não são apenas com palavras que deixamos nossos sentimentos tão visíveis, com ações muitas vezes se percebe muito mais, ou pelo menos assim penso. Aquela mania de não conseguir dizer “não” para uma certa pessoa, a inquietação no coração em querer saber se ela esta bem, se esta triste ou se sente nossa falta. E de se aventurar em uma noite chuvosa apenas para estar na companhia dela. Atitudes que se tornam tão naturais devido ao imenso valor que nutrimos por uma determinada pessoa mesmo depois de tantos anos.

Faz-me muito bem ter algumas pessoas por perto das quais posso abrir meu coração sempre, chorar, gritar e me acalmar depois de tudo. Tanta coisa que ainda não entendo, talvez não precise entender afinal, basta haver sinceridade que as relações se estendem e será possível sempre transferir o que sentimos (ou ao menos tentarmos) em palavras cheias de amor e carinho. Se por acaso as palavras não saírem alguns gestos sempre serão uma boa opção.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A base do que sou

Dias são como um relógio, eles irão passar na mesma velocidade, irão marcar todas as horas a seu tempo certo, sem pausas, sem um segundo a mais ou a menos. Assim passam os dias, as semanas, os meses, os anos, as estações... tudo em um grande ciclo interminável que ninguém tem o poder de parar. Já pensastes nisso?
Claro que a vida não pode ser resumida somente desta forma, devemos encontrar algo que nos motive a cada novo dia para levantarmos da cama, para nos fazer ter prazer em algo que façamos constantemente, como nosso trabalho, algo que nos torne pessoas menos infelizes. Seria hipocrisia minha dizer que devemos encontrar algo que nos faça felizes, tenho uma concepção sobre isso que pode acabar contradizendo muitas coisas das quais ainda não me sinto à vontade em falar, então por ora gosto do termo “menos infelizes”.
O grande “barato” de viver é a relação que construímos com outras pessoas, começando sempre com aqueles que estão e sempre estiveram mais perto: nossa família. Aquela tal educação que devemos ter desde cedo, os exemplos que observamos bem atentos, os hábitos... meus pais sempre me chamaram muita atenção nesses pequenos detalhes, acredito até que eles nem imaginem isso, mas eu sempre estive lá olhando atentamente cada conversa, cada olhar e cada sorriso. Uma coisa que tenho a certeza hoje, e que me foi dada por meus pais é essa valorização dos sentimentos verdadeiros. Não importa o quanto tu podes ser odiado pelo resto do mundo, teus pais jamais lhe darão as costas. Jamais! Falando assim até parece que eu tenho uma relação de amor absoluto, sem brigas e controvérsias com eles, mas é bem o contrário. Sempre tivemos muitas ideias contrárias, o que sempre nos impediu de viver em algo como uma harmonia plena, mas isso realmente não faz a menor diferença pra mim, continuo ressaltando cada palavra que já disse deles. Talvez isso se deva a tal base familiar que mencionei antes, aos exemplos que tenho tão próximos a mim e as inúmeras provas de amor que já puder receber.
Tenho pais incríveis, que me ensinaram grande parte do que sei e do que sou hoje, esse motivo com toda a certeza me ilumina muito nos momentos de tristeza e de fracasso que tenho no decorrer da vida. Durante os dias talvez não seja capaz de oferecer nem a metade do que eles me proporcionam, palavras duras ou a falta delas acabam atrapalhando neste processo todo, mas eles me entendem e isso não os fazem me amar menos. Sou menos infeliz sabendo que tenho eles comigo, entendem? E espero sinceramente, com todo meu coração que tu que estejas lendo este texto tenhas a mesma sorte que eu tenho quando penso em meus pais.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Lobo em pele de cordeiro

Não sei bem se é por causa da idade (não que eu seja velha, ok?) ou por conta de tanta bobagem que já fiz, mas tenho o hábito de parar e pensar nos meus erros. Todo mundo já passou por isso, ninguém é perfeito, e dizem que saber aprender com os próprios erros é algo divino. Bom, não me sinto nem um pouco abençoada com isso, mas tendo tirar proveito dos “socos na cara” que já levei.
Muitos problemas dos quais já passei se devem principalmente por conta de pessoas, de más pessoas. Aquele tipo de gente abominável, que creio que a própria mãe deve ter um profundo arrependimento de ter concebido tal criatura. Não estou exagerando, realmente existe muita gente repugnante neste mundo e que são capazes de fazer qualquer lixo, qualquer situação, qualquer mentira para te ferrar. Não sinto ódio, sinto raiva quando vejo que alguém se ferrou por conta desse tipo de gente e sempre que posso tento evitar que essa maldade se espalhe.
Depois de um tempo, se tu fores uma pessoa esperta, acaba sendo fácil perceberes aquelas pessoas que se aproximam apenas com segundas intenções, e não estou falando de sexo aqui. Aquele cara que vai “colar” em ti, te sugar, usar teu dinheiro, tomar teu tempo, manipular tuas atitudes e até mesmo te forçar a ser uma pessoa totalmente contrária aquilo que tu és, tudo isso estrategicamente articulado durante meses de uma possível amizade que se estabeleceu. Mentiroso! Ou então aquela amiga querida que de repente reaparece na tua vida, começa a te convidar para saídas casuais, te enche de elogios, se enturma com seus amigos e quando tu percebes... bum! Ela esta ficando com aquele carinha que tu tanto estavas “afim”. Vida cruel, ham?

Essas coisas são apenas uma lasca do que realmente essas pessoas mal intencionadas são capazes de fazer, quem sabe eu ainda volte neste assunto falando de uma forma menos complexa. Quem sabe. O que eu realmente gostaria de fixar aqui é que se tu não fores esperto, forte e centrado o bastante qualquer idiota pode te ferrar. Tenha foco naquilo que tu acreditas, analise antes de tomar uma decisão e saibas escolher seus amigos. Amigos são como partes de nós, devem conter o que há de melhor em nosso ser.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Corpo presente, mente nem tanto

O isolamento acaba interferindo diretamente em nossa forma de pensar e agir, acredito que até pode nos motivar a mudança de caráter. Tudo bem, muitos estudos por aí dizem que o caráter e a personalidade de uma pessoa não mudam, é algo que se estabelece ao nascer e que se desenvolve no decorrer da vida, etc... mas eu penso diferente. Normalmente as pessoas precisam estar sozinhas, em silêncio e toda aquela preparação para conseguirem “meditar” ou somente pensarem mais a fundo sobre um determinado problema. Ou nem precisa ser um problema, apenas pensar mesmo. Comigo isso nunca foi algo extremamente necessário, sei lá, apenas penso. Não preciso estar em silêncio, sozinha, com uma música calma tocando ao fundo para me concentrar, na verdade em muitas ocasiões onde estou entre amigos, onde conversas soltas e risadas contínuas podem estar acontecendo eu me desligo e me transporto para onde eu quiser. Muitos chegados já vieram e me deram um toque sobre isso, porque talvez pareça que eu não esteja tão animada assim, ou que a conversa não esteja interessante o suficiente pra eu “estar” ali. Mas na verdade não é nada disso, o que acontece é que eu penso muito em muita coisa ao mesmo tempo, e de repente não consigo me desligar de tudo e focar em algo. Não que eu não dê a devida atenção a todas as coisas que estão acontecendo ao meu redor e nas quais estou pensando, apenas às vezes são tantas coisas juntas...

Talvez tu me entendas, quem sabe tenhas o mesmo “problema”, ou em alguma outra circunstância eu seja meio louca mesmo. Acontece, né?

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Impressões

 Respire, se eu posso te dar um conselho que realmente funcione, não sei exatamente para quê, que seja este: respire. Tudo bem que a maior parte de nossa vida fazemos isso involuntariamente, como uma prática totalmente necessária para continuarmos vivos. Mas este não é o ponto. Estar vivo não significa que tu tenhas consciência plena de que estejas respirando. Na verdade acredito quase que absolutamente que a maioria das pessoas nunca se importa com isso, não dá a menor importância pra isso durante o dia. Disse a maioria, e com certeza não me encaixo nela. 
Falando nisso, que necessidade louca essa que os seres humanos possuem de precisarem se “encaixar” em algo durante toda a vida! Louco e burro demais, sendo bem sincera. Não somos peças soltas no meio de tantas outras dentro de uma caixa, somos pessoas dotadas de um cérebro que funciona (ou deveria), de sentimentos, de desejos e perspectivas muitas vezes maiores que nós mesmos. O que na prática não faz a menor diferença já que acredito no “poder” de superação mediante qualquer que seja o problema. Tudo é passageiro, menos aquilo que percebemos ter uma importância maior em nossas vidas, como amigos, família, trabalho... quando traçamos essas prioridades a vida começa a fazer mais sentido, pelo menos comigo esta sendo assim. De qualquer forma não se desespere, uma hora todo mundo vai sentir essa necessidade de relevar algumas coisas e deixar outras voarem ao vento. Mas lembre-se: respire.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Recomeço

Então vamos voltar a escrever. Mas, sobre o que uma mente tão brilhante, tão intensa, angustiante, desesperada, ofegante e confusa como a minha deveria escrever? Se atenham em saber que fui em partes irônica no período acima, e creio que ficaria deveras redundante de minha parte ressaltar especificamente qual foi a parte, a palavra, a expressão exata de minha ironia. Possivelmente já a esta altura tu se pegues pensando no quanto de minha loucura poderia ter sido cuspida nestas linhas, afinal de contas, como alguém poderia imaginar que um desconhecido poderia “desconfiar” das expressões irônicas e palavras meramente colocadas em um período dentro de um texto sem qualquer familiaridade com quem esta a escrever? Não sei, honestamente isso não é problema meu, talvez não seja problema de ninguém... quem sabe nem seja um problema!
Não tenho bem um propósito além de apenas escrever e tentar organizar um pouco esse monte de idéias que tenho na minha cabeça. Sem julgamentos, apenas arte pela arte (sempre quis dizer isso). Pois então, que comecem os jogos! (clichê?)