Tenho em mim um sentimento de imensa tristeza ao ter
que deixar pessoas e lugares para retornar a casa, como aconteceu com o fim das
minhas férias de Julho. Não sei explicar, me emociono tão facilmente com
lugares, com dias diferentes e com pessoas tão queridas ao meu lado. Essas últimas
duas semanas foram as mais maravilhosas que eu já tive há tempos!
Principalmente por estar perto de quem eu gosto tanto e de pessoas das quais a
saudade fala alto demais com tamanha distância.
Conhecer gente, conversar e descobrir inúmeras coisas
em comum é sempre lindo, ainda mais quanto tu se sentes totalmente à vontade
com apenas poucos minutos de conversa. Agradeço ao imenso universo por estar
cercada de amigos tão queridos que insistem em me fazer tão bem. Sei que a
distância machuca, mas não é uma desculpa para se perder o contato, pelo
contrário, a vontade louca de conversar aumenta ainda mais, querer contar como
foi o dia, o que aconteceu de surpreendente e até mesmo as coisas mais terríveis
que nos fazem chorar. Pequenas atitudes que acabam somando ao longo do tempo,
estas sim decisivas para distanciar ou unir ainda mais.
Agora me vejo novamente em meu quarto, olhando para
minha prateleira de livros, muito bem organizados, minha mesa, meus cadernos,
minha cama, meus cd´s, minha bagunça... tudo que ficou um tempo longe de mim e que
eu não tive saudade. Cada vez mais acredito que é possível se viver com pouco
se tratando de bens materiais, porque o que realmente nos faz felizes e plenos
são as pessoas que vivem conosco. Sabe,
aquela bagunça louca um pouco antes de sair para algum show, a companhia nas
horas das refeições, os pedidos de opiniões sobre uma roupa ou cabelo,
questionamentos sobre o tempo que podem durar minutos, e as risadas! Aquelas
risadas que te tiram o fôlego e até mesmo lágrimas de tanta felicidade. Aquele olhar
que te desvenda em um segundo, juntamente com um sorriso que te faz querer
imensamente bem aquela pessoa que esta ali, bem a sua frente, mas que demorou
tanto tempo para finalmente estar. Dessas coisas eu sinto falta, de todos esses
pequenos pedaços de mim que acabam ficando espalhados por aí.
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