A inconstância
de jamais nos tornarmos reflexos de outros corpos, de outras mentes, de outros
corações acaba nos perseguindo durante toda a vida. O medo de que ninguém nos consiga
enxergar, sentir, querer... nos perturba até mesmo nos sonhos. Quantas horas
somos capazes de cogitar o próximo passo, e de repente percebermos que aquele
instante, aquela oportunidade simplesmente se foi entre nossos dedos? Somos instigados
a cada novo passo, a cada novo olhar perdido na rua durante o simples trajeto
cotidiano, não percebemos todos que estão ao nosso lado, mesmo que sem alarde. Deixamos
de lado tantas coisas das quais algum dia iremos acabar chorando por nunca
termos tido a oportunidade de fazer, conhecer, experimentar, sendo que o que
realmente houve nos foi falta total de atenção.
Quantas tentativas
a felicidade nos estampa na cara, nos joga aquele balde de água fria para que
sejamos capazes de finalmente ver qual o caminho a seguir e corremos medrosos,
desatentos, cansados. A vida pode querer nos testar, nos preparar por anos para
que em um dia comum, em obrigações comuns finalmente pegamos aquele caminho
mais tortuoso, cheio de pedras e que nos torna “pessoas erradas” perante o
resto da sociedade dada as circunstâncias pouco aceitáveis. Mas tu pensas que talvez seja isso, que o resto
não tenha importância nenhuma, afinal é sua vida, sua escolha, seu coração. Por
que não?
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